sábado, 5 de dezembro de 2009

Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!

Este texto foi escrito pelo Marco Túlio, fisioterapeuta de BH, onde ele utilizou a idéia do texto de uma nutricionista e criou este texto.

Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!
“Caros senhores favoráveis ao Ato Médico,Se o grande problema é “prescrever”, por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos >membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).
Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular, >que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapéziofibras inferiores (graus 4 para os dois músculos). A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída.
O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção doalongamento? Ou será que é tudo contra-inidcado, devido à osteoporose?
Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres?Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado?Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais?Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder?
Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou a favor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos?Qual o melhor exercício? Existe tal exercício?No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções?
Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão do supra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária?O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US q(uantos MHz? Quantos W/cm2? Por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? Écontra-indicado exercício?).Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso?Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalho por invalidez e continuo aguardando a “prescrição médica da fisioterapia”, já que sem a “prescrição médica”, segundo o ato médico, não posso fazer nada se nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria!
Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdade todo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.

Marco Tulio Saldanha dos AnjosFisioterapeutaCREFITO-4 51246-F

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hidroterapia

O efeito curativo da hidroterapia é baseado em seus efeitos mecânicos e ou termais. Ela explora a reação do corpo à estímulos quentes e frios, à pressão exercida pela água e à sensação que ela dá. Os nervos carregam impulsos sentidos na pele, para o interior do corpo, onde estimulam o sistema imunológico, aumentam a circulação, melhoram a digestão e diminuem a sensação de dor.
A hidroterapia é indicada para tonificar o corpo, estimular a digestão, a circulação, o sistema imunológico e aliviar a dor. A água parece ter um poder especial para ajudar no combate do estresse e rejuvenescer o corpo. Ela age sobre a pele e os músculos, acalma os pulmões, coração, estômago e sistema endócrino estimulando os reflexos nervosos na espinha dorsal.
Hoje, as técnicas mais utilizadas pela hidroterapia são as duchas, massagens, saunas, banhos de imersão completos ou parciais e compressas. Vamos abordar estas técnicas com mais profundidade em outros artigos.

Osteopatia

A fisioterapia dispõe da osteopatia para tratar das dores que hoje limitam indivíduos nas suas atividades da vida diária, profissionais e pessoais, essas são doenças que promovem não só limitações mais principalmente dor, fator desencadeante para procurar clínicas ou consultórios de fisioterapia. OSTEOPATIA é um Tratamento surgido nos Estados Unidos, cujo criador foi Dr. Andrew Taylor- Still (1828 -1917). É o estudo dos efeitos internos originários da estrutura. Essa técnica tem como foco a globalidade por não tratar diretamente o sintoma e sim a causa. Reabilitar o indivíduo de forma global, educar e orientar o paciente, combater o processo inflamatório, modular e/ou combater a dor, restabelecer o funcionamento normal, examinar e tratar as áreas adjacentes e eliminação dos fatores responsáveis das disfunções presentes são os principais objetivos dessa técnica.

Terapia Manual

A fisioterapia manual consiste em utilizar as mãos para influenciar a capacidade de reparo do organismo. Assim, a manipulação afeta propriedades mecânicas dos tecidos como elasticidade, força e alongamento; trata as deficiências neuromusculares decorrentes de doenças e lesões musculoesqueléticas como perda de equilíbrio e movimento; trata a dor; permite a correção postural, além de causar reações psicológicas que apresentam uma resposta somática traduzida pelo relaxamento e sensação de bem estar.
Várias técnicas compreendem a terapia manual, dentre as quais pode-se destacar a manipulação articular, mobilização neuromeníngea, facilitação neuromuscular proprioceptiva – Kabat, reeducação postural global, massoterapia, massagem transversa profunda, técnica de energia muscular, conceitos Mulligan e Maitland. Após uma avaliação clínica criteriosa e baseado na compreensão dos mecanismos fisiológicos da terapia manual, o fisioterapeuta utiliza as técnicas mais eficazes para o quadro clínico.
A Terapia Manual esta dividida em:
Método Mulligan
Método Maitland
Método Kabat
Mobilização Neuromeníngea
Massagem Transversa Profunda

Fisioterapia Gerontológica

As pessoas com idade acima de 60 anos, possuem características especiais em seu corpo e seu organismo e por isso são chamadas de “idosas”. Pensando nessas características, os profissionais da área da saúde começaram a perceber que o tratamento dado aos idosos também deveria ser especial. A fisioterapia não ficou para trás. E então começaram a surgir fisioterapeutas especializados em gerontologia.
O principal objetivo do fisioterapeuta que cuida do idoso é tratar-lo como um todo promovendo independência do idoso para as tarefas básicas e funcionais de vida diária, no intuito de minimizar as conseqüências das alterações fisiológicas e patológicas do envelhecimento, garantindo a melhoria da mobilidade e favorecendo uma qualidade de vida satisfatória.
A fisioterapia gerontológica começa com uma avaliação global e continua com um plano de tratamento que pode envolver treino de equilíbrio e de marcha, ganho de força muscular, flexibilidade, propriocepção, além de treino funcional como subir e descer escadas e rampas, virar na cama, sentar e levantar, transferir de uma cadeira para outra, e muitas outras condutas de acordo com as necessidades de cada idoso.
Assim, a fisioterapia gerontológica atua nos níveis preventivo e reabilitador garantindo a funcionalidade, a melhora da qualidade de vida e os benefícios de uma atividade física.

Fisioterapia Geriátrica

A área de Geriatria e Gerontologia está sendo atualmente muito visada, pois devido ao aumento da expectativa de vida, os idosos formam o segmento que mais cresce no Brasil. A especialização em Fisioterapia Geriátrica tem como objetivo a promoção, manutenção e recuperação da saúde especifica do idoso, em todas as áreas de atuação do fisioterapeuta. Como conseqüência das principais alterações biológicas ocorridas pelo processo de envelhecimento – a diminuição da massa muscular e da densidade óssea, perda da força muscular, perda da agilidade, da coordenação motora, do equilíbrio, da mobilidade articular, dentre outros – os idosos ficam mais vulneráveis às quedas, principais causas de acidentes.
A fisioterapia preventiva tem como objetivo criar um programa de “prevenção às quedas”, melhorando a força muscular, equilíbrio, propriocepção, coordenação motora e deve estar aliada com orientações aos pacientes (principalmente àqueles que apresentam comorbidades e que faz uso polifarmacoterapia) e familiares sobre retirada ou fixação de tapetes, instalação de faixas antiderrapantes no piso e barras de suporte no banheiro e em corredores. Entre as alterações relacionadas à idade, estão a presença de fatores de risco e a ocorrência de doenças crônico-degenerativas, que determinam um certo grau de dependência, relacionado diretamente com a perda de autonomia e dificuldade de realizar as atividades básicas de vida diária, interferindo na sua qualidade de vida.

Fisioterapia Aplicada a Cardiologia

A reabilitação cardiovascular (RCV) pode ser definida como um ramo de atuação da cardiologia que, instituída por equipe de trabalho multiprofissional, permite a restauração, ao indivíduo, de uma satisfatória condição clínica, física, psicológica e laborativa. Na década de 1950, mostrava que havia uma tendência médica a orientar os cardiopatas para a inatividade física. Embora, possa ser importante na fase aguda, como prescrevia Hilton, em 1863, com o "descanso na dor". Mas ela não deve ser longa, pois o repouso prolongado pode descondicionar o paciente, determinando uma diminuição do volume plasmático com balanço negativo de nitrogênio e desmineralização óssea. Estes fatores adversos podem ocasionar complicações na fase aguda da doença cardiológica como trombose venosa, embolia pulmonar, constipação intestinal, retenção urinária, fraqueza e mal estar para mobilização. Nesta época os pacientes eram orientados ao afastamento prolongado de sua atividade de trabalho e à aposentadoria precoce, provocando sensação de invalidez com importante reflexo na vida familiar e social. Trabalhos de Sjostrand na Suécia, em 1930, parecem ter sido pioneiros na introdução da reabilitação de cardiopatas, muito embora haja referências do exercício como tratamento por Asclepíades no século 2 a C. Contudo, somente entre os anos de 1950 e 1970, é que ocorreram à implantação de um maior número de serviços. Na década de 60 a 70 é que foram expostos princípios básicos da reabilitação cardíaca, tanto para pacientes internados, como após a sua alta, que se constituem no verdadeiro alicerce e orientação para reabilitação cardíaca atual. Um estudo da época de Saltin e col mostrou que a imobilização no leito hospitalar, por três semanas, reduzia a capacidade funcional em 20% a 30%, sendo necessárias nove semanas de treinamento físico para o retorno à capacidade física anterior. Novas técnicas foram criadas para a prescrição de exercícios e surgiram numerosos programas de exercício supervisionados, a partir da verificação de que o paciente com insuficiência coronária poderia melhorar a capacidade aeróbia, a função cardiovascular e a qualidade de vida, quando submetidos à RCV.

Fisioterapia Pneumofuncional

Constitui a moderna nomenclatura da especialidade da Fisioterapia que assiste aos portadores de disfunções cinetico-funcionais que afetam o sistema respiratório e suas sinergias com outros sistemas orgânicos. Foi reconhecida pela Resolução COFFITO no. 188, publicada no D.O.U. de 10/12/98, p. 58. Abrange a atenção fisioterapêutica nos diversos níveis de atenção à saúde.

A Fisioterapia Pneumofuncional, através de métodos terapêuticos, dsempenha um papel importante no tratamento e prevenção das doenças respiratórias.

As técnicas fisioterapêuticas variam de acordo com a patologia, o quadro clínico, a idade e o nível de compreensão do paciente.

A reabilitação destes pacientes levará a uma melhora do músculo esquelético (diafragma), melhora do metabolismo muscular e diferença arteriovenosa.

Fisioterapia na saúde coletiva

Diante dos novos desafios da sociedade brasileira, com profundas mudanças na organização social, no quadro epidemiológico e na organização dos sistemas de saúde, surge a necessidade do redimensionamento do objeto de intervenção da Fisioterapia, que deveria aproximar-se do campo da promoção da saúde e da nova lógica de organização dos modelos assistenciais, sem abandonar suas competências concernentes à reabilitação. Esse redimensionamento do objeto de intervenção e da praxis profissional conduz às mudanças mais profundas, de natureza epistemológica, na concepção e atuação do profissional fisioterapeuta. Frente a esses desafios e necessidades, surge a proposição do modelo da Fisioterapia Coletiva19 como base para reorientação do foco de atenção e da prática profissional do fisioterapeuta. A Fisioterapia Coletiva engloba e amplia a Fisioterapia Reabilitadora, possibilitando o desenvolvimento da prática fisioterapêutica tanto no controle de dados quanto no controle de riscos. A Figura 2 apresenta uma esquematização desse modelo da atuação da fisioterapia, que contempla a fisioterapia reabilitadora e alarga as possibilidades de atuação para além do nível terciário.

Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia

A Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia, apesar de pouco conhecida, é uma especialidade de grande importância no atendimento de gestantes, pacientes com incontinência urinária, pacientes mastectomizados (retirada da mama), entre outros. A gestação é um momento importante na vida da mulher, e nessa fase pode ser beneficiada com o atendimento pré e pós-parto, no sentido de tratar alguma alteração comum durante a gravidez ou prevenir qualquer disfunção inerente à sua condição. Após o parto, objetiva-se auxiliar a mãe através de normas higiênicas, deambulação, exercícios fisioterapêuticos, cuidados com as mamas, incentivo ao aleitamento materno, orientações posturais, funções intestinais e miccionais, vida sexual, retorno às atividades físicas e de vida diária. Outro grande problema de saúde tratado em ginecologia e obstetrícia é a incontinência urinária. O foco do tratamento fisioterapêutico é o reforço dos músculos que compõem o assoalho pélvico através de exercícios e eletroestimulação, e a reeducação miccional, O atendimento aos pacientes que passaram por cirurgias de próstata também é realizado. Nas cirurgias de próstata podem ocorrer, como conseqüência, incontinência urinária, que pode ser tratada pela Fisioterapia através de técnicas onde o paciente trabalha a musculatura do assoalho pélvico e através de recursos eletroterápicos, que visam reforçar os músculos do assoalho pélvico e capacitar esse paciente a reter a urina. Nos casos de tumor de mama, a cirurgia é algo comum. O cirurgião retira a mama ou parte dela e ainda os nódulos linfáticos, evitando que o tumor se espalhe para outras partes do corpo. Porém, ao retirar os nódulos linfáticos, a circulação linfática fica comprometida e, dessa forma, ocorrem alguns sintomas indesejáveis na paciente, como edema (inchaço) em membro superior, dor causada pelo edema, dificuldades de movimentar o membro e prejuízos na qualidade de vida. A proposta fisioterapêutica, nesses casos, é a de tratar o paciente através de técnicas de drenagem linfática, exercícios para devolver a mobilidade e reeducar a postura e orientações quanto a atividades de vida diária para as pacientes.

Fisioterapia Desportiva:.


A Fisioterapia desportiva trata-se da reabilitação de atletas amadores e profissionais buscando restaurar lesões músculo-esqueléticas, atuar na reabilitação pós-cirurgica, como a reconstrução de ligamento cruzado anterior (LCA), e colocá-lo de volta à prática esportiva o mais rápido possível sem riscos de haver recidiva da lesão.

Os objetivos do programa de fisioterapia incluem:

• redução da dor;
• redução da resposta inflamatória;
• retorno da amplitude ativa de movimento;
• retorno de força, potência e endurance muscular;
• retorno às atividades funcionais assintomáticas no nível pré-lesão.

Fisioterapia reumatológica

A Fisioterapia reumatológica consiste basicamente no tratamento de patologias crônico-degenerativas, tais como: artrite reumatóide, artrose, osteoporose, osteoartrose entre outras. Diante de um paciente com doença crônico-degenerativa o objetivo da fisioterapia é minimizar dores e incapacidades geradas por tais patologias através da utilização de recursos eletroanalgésicos, da aplicação de técnicas de terapia manual e de atividades que estimulem a movimentação articular buscando assim prevenir a instalação de deformidades, bem como evitar a progressão de deformidades já instaladas, buscando sempre manter uma boa qualidade de vida.

Fisioterapia na Traumatologia

O dicionario define a traumatologia como a parte da ciencia que diagnostica e trata os traumas sobre o esqueleto e trauma como qualquer aumento de energia sobre um determinado segmento corporal geralmente provocando dor ou disistabilidade. Assim sendo, o trauma (ou traumatismo) é todo ferimento interno ou externo. Existe também o Politraumatizado que refere-se ao paciente que tem múltiplos traumas. Segundo ATLS (Advanced Trauma Life Support = Suporte Avançado de Vida no Trauma – SAVT) e o Committee on Traumatologia sugerem que o trauma deve ser pensado como uma "doença" e não como um "acidente", pois mais da metade das mortes e das lesões por trauma são evitáveis. Pensando como doença procuramos tratá-la, já como acidente não podemos fazer nada. Com esta mudança de pensamento iniciamos a prevenção do trauma, através da educação e leis que obrigam ao uso de capacetes, cintos de segurança, air bag, proibição de álcool ao dirigir e de drogas. É a principal causa de morte entre adolescentes e adultos jovens, e quando não mata deixa graves seqüelas para o resto da vida. O trauma reduz a expectativa de vida mais do que o câncer ou as doenças cardíacas. O trauma mata mais do que matou a guerra do Vietnam. Apesar do trauma consumir grande parte do dinheiro destinado à saúde pública e ao seguro social, a perda de um ente querido sempre prevalecerá sobre os gastos atingidos.

Fisioterapia Ortopédica

A Fisioterapia ortopédica visa tratar disfunções osteomioarticulares e tendíneas resultantes de traumas e suas conseqüências imediatas e tardias, lesões por esforços repetitivos, patologias ortopédicas. São utilizados recursos eletrotermofototerápicos, terapia manual e cinesioterapia na reabilitação dos pacientes.
Dentre os recursos eletrotermofototerápicos utilizados temos: TENS (estimulação elétrica transcutânea), EENM (estimulação elétrica neuromuscular), laser, ondas curtas, infravermelho, ultra-som. Na terapia manual são utilizadas técnicas de mobilização e manipulação articular de Maitland, Mulligan, Kaltenborn, com o intuito de diminuir algias, rigidez e reposicionamento do segmento.Para completa reabilitação são utilizados os exercícios cinésioterápicos com o intuito de melhor a amplitude de movimento, aumentar força muscular, treinar propriocepção e por fim retorno às atividades.

Fisioterapia na Neonatologia


Dentre as várias áreas de atuação da fisioterapia na UTI Neonatal, a mais utilizada é para a prevenção e tratamento das doenças respiratórias; nos recém nascidos pré termo, a respiração é predominantemente nasal, as vias aéreas são mais estreitas, há menor número de alvéolos, deficiente ventilação alveolar colateral, reduzida quantidade de surfactante alveolar, o músculo diafragma tem menos fibras musculares fadigo - resistentes e há pouca tosse. Assim, esses fatores podem contribuir para que, as crianças internadas nos centros de terapia intensiva fiquem mais susceptíveis a adquirir infecções ou apresentar outras complicações.
Os principais objetivos da fisioterapia respiratória são a remoção de secreções pulmonares em vista da limitação estrutural e funcional respiratória dos recém-nascidos, especialmente se doentes e/ou prematuros, o que reduz o trabalho respiratório destas crianças; otimizar a função respiratória de modo a facilitar as trocas gasosas e adequar a relação ventilação-perfusão; adequar o suporte respiratório; prevenir e tratar as complicações pulmonares; manter a permeabilidade das vias aéreas e favorecer o desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia.
A fisioterapia motora também tem sua aplicação comprovada, sendo que, os manuseios terapêuticos, as mudanças de decúbito, as mobilizações, o posicionamento terapêutico entre outros recursos, trazem benefícios ao neonato, além de enfatizar o trabalho fisioterapêutico.
Os objetivos da estimulação sensório motora abrangem o desenvolvimento e o crescimento, a detecção precoce de desvios e busca de formas de prevenir e minimizar os problemas, procurando um desenvolvimento mais adequado, moldando a maturação neurológica, favorecendo o bem-estar físico e mental do bebê. Os padrões motores apresentam-se diferentes em recém-nascidos prematuros, com ausência, inconsistência ou anormalidade dos reflexos primitivos, podendo ainda existir assimetria em 01 ou mais membros. Estes desequilíbrios poderão interferir fortemente no controle de cabeça e do tronco, equilíbrio sentado, habilidades e coordenação bilateral, dificuldade de conquistar a linha média, atraso na marcha, podendo também afetar a imagem corporal e as habilidades exploratórias; por isso a importância de enfatizar a intervenção precoce da fisioterapia motora.

Fisioterapia na Neuropediatria

A Neuropediatria (também denominada Neurologia Pediátrica ou Neurologia Infantil) constitui uma especialidade ou sub-especialidade médica dedicada às doenças ou disfunções do sistema nervoso e do sistema muscular que se manifestam na criança ou na adolescência. A sua autonomia é justificada, por um lado, pela alta prevalência global das doenças neurológicas e pela ocorrência de patologias específicas neste grupo etário e, por outro lado, pelo facto das diferentes noxas afectarem um sistema nervoso imaturo e em desenvolvimento o que implica um conhecimento e abordagem distintas dos da neurologia do adulto nomeadamente nos aspectos semiológicos.

Fisioterapia Pediátrica


A Fisioterapia Pediátrica é o ramo da Fisioterapia que utiliza uma abordagem com base em técnicas neurológicas e cardiorrespiratórias especializadas, buscando integrar os objetivos fisioterápicos com atividades lúdicas e sociais, levando a criança a uma maior integração com sua família e a sociedade.
Técnicas de fisioterapia respiratória pediátrica são muito utilizadas em unidades hospitalares, consultórios e em domicílio como tratamento coadjuvante de doenças pulmonares. Em unidades de terapia intensiva fazem parte do corpo clínico permanente e são profissionais altamente requisitados para a realização de alguns procedimentos como a aplicação da ventilação mecânica não invasiva - VMNI.
A fisioterapia pediátrica motora também é uma subespecialidade da fisioterapia pediátrica muito difundida e com resultados comprovados por vários trabalhos científicos.

Fisioterapia Neurológica

A fisioterapia Neurológica têm o objetivo de analisar os déficits neurológicos e determinar o tratamento adequado para cada paciente. Os pacientes com incapacidades neurológicas podem apresentar distúrbios de movimento complexos e extensos, além de danos sensoriais e cognitivos necessitando da fisioterapia neurológica. A solução destas disfunções pode ser considerada em ambos os contextos: tanto o do fisioterapeuta, que identifica os problemas do paciente e lança mão de recursos e técnicas fisioterapêuticas neurológicas para o tratamento global do indivíduo, quanto o do próprio paciente, que aprende a lutar com o déficit de movimento através de estratégias compensatórias. A recuperação das funções perdidas é o objetivo final da fisioterapia neurológica e, vários são os meios para alcançá-la. A Fisioterapia em Neurologia pode ser dividida em duas grandes áreas: adulto e infantil. Algumas das patologias abordadas na fisioterapia neurológica são: Pacientes com Acidente Vascular Encefálico (A.V.E),Pacientes com Traumatismos Cranianos (T.C.E),Pacientes com Traumas Raqui-Medulares (T.R.M),Pacientes portadores de Paralisia Cerebral,Pacientes com Lesão em Plexo Braquial, Pacientes portadores de Paralisias Faciais, dentre outros.

O QUE É FISIOTERAPIA?!?

A fisioterapia é uma ciência que utiliza uma fundamentação sistematicamente estudada e estabelecida através de métodos científicos próprios. Essa fabulosa ciência atua hoje nas demais diferentes áreas com técnicas, metodologias e abordagens especificas que tem o objetivo de sanar, minimizar e principalmente prevenir as mais variadas afecções.
Além disto, a complexidade da profissão reside na necessidade do entendimento global da fisiologia, anatomia, semiologia do homem, baseado na biofísica, bioquímica, cinesiologia, biomecânica e outras ciências básicas. A Fisioterapia possui um corpo próprio de conhecimentos, uma metodologia própria de intervenção, privativa do fisioterapeuta, ficando a critério do mesmo a ordenação, intervenção, consulta e alta fisioterapêutica.

PREVENÇÃO
A prevenção é a primeira atribuição da Fisioterapia. Nesse caso, é fundamental o trabalho de conscientização, ou seja, a tarefa de alertar e orientar o paciente sobre a necessidade de adotar procedimentos adequados em certas situações.

CURA:
Outra atribuição da Fisioterapia está ligada à cura. Tem por objetivo devolver os movimentos perdidos depois de uma doença em que a pessoa ficou um longo tempo imobilizada. A Fisioterapia curativa está mais ligada à área ortopédica.

REINTEGRAÇÃO
Reintegrar a pessoa à sociedade é outro objetivo da Fisioterapia. É a chamada reabilitação. Estimulação do potencial neurológico em pessoas que sofreram seqüelas irreversíveis (perda de membros, lesões neurológicas).

AS "ARMAS"!
Os recursos da Fisioterapia previnem, curam e reabilitam. Para que o especialista escolha os que serão utilizados, ele terá de analisar não só a doença ou a patologia que deu origem ao problema. Mas também como a pessoa estará reagindo ao estimulo da Fisioterapia. Conheça os mais conhecidos recursos da Fisioterapia à sua disposição.

Cinesioterapia: Terapia por movimentos. São exercícios que têm como objetivo trabalhar articulações e musculatura.

Eletroterapia: Terapia com aparelhos elétricos, como o ultra-som. Facilita a recuperação dos tecidos lesados.

Mecanoterapia: Terapia com aparelhos mecânicos para fortalecer a musculatura.

Massoterapia: Terapia pela massagem. A manipulação dos tecidos e músculos do corpo estimula a circulação, a mobilidade e a elasticidade.

Hidroterapia: Terapia feita dentro da água. Utiliza exercícios para articulações e músculos.

Crioterapia: Emprego de gelo como terapêutica, geralmente em aplicações localizadas para tratamento de contusões e luxações.

Termoterapia: Tratamento com aplicação de calor.

°°° Saiba Mais °°°

FISIOTERAPIA E SUAS ESPECIALIDADES

Neurologia
Pediatria
Neuropediatria
Neonatologia
Ortopedia
Traumatologia
Reumatologia
Fisioterapia Desportiva
Ginecologia e Obstetrícia
Saúde Coletiva
Fisioterapia Pneumofuncional
Cardiologia
Geriatria
Gerontologia
Terapia Manual
Osteopatia
Hidroterapia
Dermatologia
Saúde do Trabalhador
Administração em Fisioterapia
Acupuntura
Angiologia
Oncologia
Apaixone-se pela Fisioterapia você também!!!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Doenças que o tabagismo pode causar.

Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco:
impotência sexual no homem;
complicações na gravidez;
aneurismas arteriais;
úlcera do aparelho digestivo;
infecções respiratórias;
trombose vascular.
As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no Brasil, sendo que o câncer de pulmão é a primeira causa de morte por câncer. As estimativas sobre a incidência e mortalidade por câncer no Brasil, publicadas anualmente pelo INCA indicam que, em 2003, 22.085 pessoas deverão adoecer de câncer de pulmão (15.165 entre homens e 6.920 entre mulheres) causando cerca de 16.230 mortes. Desse total de óbitos, 11.315 deverão ocorrer entre os homens e 4.915 entre mulheres.
Porém, ao parar de fumar, o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.
Tabagismo passivo
Define-se tabagismo passivo como a poluição decorrente da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de poluição tabagística ambiental (PTA).
E, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior em ambientes fechados e o tabagismo passivo, a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).
O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
2 - Em crianças:
Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma.
3 - Em bebês:
Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.
Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontrados em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).
O que você ganha parando de fumar?
A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 segundos (2 a 4 segundos mais rápido que a cocaína). É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades serão menores a cada dia.

Fisioterapia Geriátrica

A área de Geriatria e Gerontologia está sendo atualmente muito visada, pois devido ao aumento da expectativa de vida, os idosos formam o segmento que mais cresce no Brasil. A especialização em Fisioterapia Geriátrica tem como objetivo a promoção, manutenção e recuperação da saúde especifica do idoso, em todas as áreas de atuação do fisioterapeuta. Como conseqüência das principais alterações biológicas ocorridas pelo processo de envelhecimento – a diminuição da massa muscular e da densidade óssea, perda da força muscular, perda da agilidade, da coordenação motora, do equilíbrio, da mobilidade articular, dentre outros – os idosos ficam mais vulneráveis às quedas, principais causas de acidentes.
A fisioterapia preventiva tem como objetivo criar um programa de “prevenção às quedas”, melhorando a força muscular, equilíbrio, propriocepção, coordenação motora e deve estar aliada com orientações aos pacientes (principalmente àqueles que apresentam comorbidades e que faz uso polifarmacoterapia) e familiares sobre retirada ou fixação de tapetes, instalação de faixas antiderrapantes no piso e barras de suporte no banheiro e em corredores.
Entre as alterações relacionadas à idade, estão a presença de fatores de risco e a ocorrência de doenças crônico-degenerativas, que determinam um certo grau de dependência, relacionado diretamente com a perda de autonomia e dificuldade de realizar as atividades básicas de vida diária, interferindo na sua qualidade de vida.
A existência de déficit ou perda da capacidade funcional (capacidade de o indivíduo realizar suas atividades físicas e mentais necessárias para manutenção de suas atividades básicas e instrumentais), que geralmente está associada com as condições de artropatias, hipertensão arterial sistêmica sistólica e/ou diastólica e cardiopatias; pode acarretar em fragilidade, dependência, institucionalização, risco aumentado de quedas, problemas de mobilidade e morte, trazendo complicações ao longo do tempo e gerando cuidados de longa permanência e alto custo. Nesse caso, a fisioterapia é peça fundamental no que se diz respeito a recursos terapêuticos utilizados com finalidades de manutenção da autonomia e independência funcional do idoso, contribuindo para o envelhecimento saudável e bem sucedido.
Toda assistência à saúde do idoso a ser prestada pelo fisioterapeuta e toda a equipe de saúde, deve ser conduzida em conformidade com as Diretrizes Essenciais contidas na Política Nacional do Idoso, consubstanciadas na promoção do envelhecimento saudável; manutenção da autonomia e da capacidade funcional; assistência às necessidades de saúde do idoso; reabilitação de capacidade funcional comprometida e, apoio ao desenvolvimento de cuidados informais1.
A atenção integral do idoso de forma mais humanizada, com ações de prevenção de agravos, promoção, proteção e recuperação da saúde, exigem a participação de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, incluindo a participação do fisioterapeuta.
Dessa forma, baseando-se nas condições psico-físico-social, o fisioterapeuta é capaz de atuar desde a atenção básica até reabilitação, participando efetivamente na transformação social que se faz necessária à saúde e buscando promover, aperfeiçoar ou adaptar através de uma relação terapêutica, o indivíduo a uma melhor qualidade de vida.

Lipoma

Lipoma ou lipomatose é um acúmulo de tecido gorduroso que surge por baixo da pele (subcutâneo). Os lipomas são tumores benignos, mas podem crescer bastante, causando grande incômodo estético e até mesmo físico.
Manifestações clínicas
Os lipomas formam lesões palpáveis, de consistência firme e elástica que fazem relevo na pele. Alguns podem ser bem macios. Seu tamanho pode variar de meio centímetro a vários centímetros de diâmetro. A pele que os recobre apresenta-se de aspecto normal.
Na maioria das vezes são assintomáticos, podendo, em alguns casos, ser dolorosos. Algumas vezes, só são percebidos à palpação, quando se sente um nódulo (lesão arredondada) localizado embaixo da pele (tecido subcutaneo).
Os lipomas podem ser únicos ou múltiplos. A forma múltipla, conhecida como lipomatose, é usualmente familiar e as lesões costumam ser dolorosas. A biópsia de uma destas lesões permite ver que se trata na realidade de um angiolipoma.
Tratamento
O tratamento é usualmente simples, através de uma pequena cirurgia. A retirada cirúrgica é extremamente eficaz e pode ser realizada em consultório na maior parte das vezes. Técnicas cirúrgicas adequadas permitem que mesmo lipomas grandes possam ser removidos através de pequenas incisões. A lipo-aspiração também está indicada em alguns casos.
Por vezes, o lipoma se localiza por baixo da fáscia muscular, dentro ou abaixo do músculo, dificultando a remoção deste pela técnica tradicional e impedindo-a pela lipo-aspiração.
Lipomas são muito sugestivos clinicamente, porém, outras lesões podem se assemelhar a eles, em especial os cistos. Vale ressaltar que outras lesões subcutâneas podem se parecer com lipomas, inclusive lesões malignas, como sarcomas e metástases cutâneas. O correto diagnóstico pode envolver várias especialidades médicas. Cirurgiões plásticos, dermatologistas e cirurgiões gerais são os que, normalmente, fazem o diagnóstico clínico. A cirurgia, quando os tumores são pequenos, pode ser realizada pelos dermatologistas, mas quando os tumores são maiores a cirurgia deve ser conduzida por um cirurgião plástico.

Hipertrofia Muscular

O processo de hipertrofia tem sua origem em um princípio básico dos organismos vivos: a auto-organização, conforme definido por Capra (2001). Ao afastarmos nosso organismo do equilíbrio ele reage por intermédio de reações complexas para alcançar novamente o equilíbrio. Por vezes, estas reações levam ao surgimento de uma nova configuração na qual o organismo estará mais apto a superar desafios semelhantes.
No processo de ganho de massa muscular, os estímulos que afastariam o sistema do equilíbrio poderiam ser causados pelo treinamento de força que em princípio quebraria a homeostase e logo em seguida proporcionaria um novo estado de equilíbrio, isto é, uma musculatura maior, mais forte e mais resistente às lesões, em decorrência justamente das adaptações do organismo ao treinamento. Os princípios que envolvem a hipertrofia estão em diversos elementos e poderiam ser facilmente descritos por intermédio de frases como “aquilo que não me mata me faz mais forte” do filósofo alemão Nietsche, ou os ditos populares “o que não mata, engorda” e, até mesmo, “o trabalho dignifica o homem”.
Na verdade, o que todas estas frases significam é que os sistemas podem se adaptar às adversidades tornando-se mais capazes de suportar estresses similares no futuro. Segundo o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Hollanda, hipertrofia é o “aumento volumétrico de um órgão ou parte do organismo, devido ao aumento volumétrico de seus componentes constitutivos”. Aplicando à nossa realidade, podemos afirmar que a hipertrofia muscular é o crescimento do músculo por intermédio do aumento do tamanho de suas fibras. O músculo é composto basicamente de água (75%) e o principal componente orgânico é a proteína (20%).
Sabendo da fundamental importância das proteínas, sua formação e manutenção adquirem um papel primordial no ganho de massa muscular. Em nosso corpo há dois processos constantes, um de construção e outro de degradação dos tecidos, chamados anabolismo e catabolismo respectivamente, e é justamente o resultado do saldo desses processos que determinará a estrutura muscular em um determinado momento. Quando há mais degradação do que construção tecidual, ocorre perda de massa muscular; quando o anabolismo supera o catabolismo, há um aumento do volume dos músculos.
Este processo contínuo de construção e degradação é chamado remodelagem e ocorre de forma relativamente rápida. Guyton e Hall (2003), sugerem que as proteínas contráteis dos músculos pequenos podem ser totalmente substituídas no prazo de até duas semanas. Entretanto, para que o anabolismo supere o catabolismo, os músculos devem receber constantemente estímulos que favoreçam o aumento da massa muscular.
Neste sentido, os exercícios com sobrecarga e uma dieta que forneça os nutrientes necessários devem ser realizados continuamente. Da mesma forma que o treinamento de força pode causar hipertrofia, a falta dele leva a perda de massa muscular. O nosso organismo sempre fará o possível para gastar menos energia, então se o corpo detectar que não precisa de um músculo mais desenvolvido, que conseqüentemente gasta mais energia, ocorrerá a perda de massa muscular até o ponto em que manteremos apenas a quantidade de músculo necessária para as atividades que realizamos. Tendo em vista que as atividades modernas têm uma reduzida exigência neuromuscular, é praticamente inevitável isso ocorra.
Treinamento de hipertrofia Apesar do treinamento de força ser cercado de mitos e estereótipos, a ciência mostra o quanto a sua prescrição é complexa e dependente de vários fatores, tais como: intervalo de descanso entre as séries, intervalo entre os treinos, intensidade, número de séries e repetições, velocidade, forma de execução dos exercícios, métodos utilizados e planejamento. Além disso, é muito importante que a estruturação do treino seja ajustada e modificada continuamente com estímulos específicos capazes de favorecer a hipertrofia muscular.
Por isso a participação de um professor de educação física especializado é fundamental, pois comumente encontramos pessoas que praticam musculação há anos e não conseguiram bons resultados. O problema com a maioria dos treinos se resume em treinar muito com pouca ou nenhuma qualidade. Para solucionar esse problema propomos preocupar-se mais com o “como” fazer, do que com o “quanto” fazer. Esta preocupação qualitativa acaba por reduzir a importância de alguns fatores que antes eram supervalorizados como a quantidade de horas que se passa na academia e a quantidade de peso que se levanta em um exercício.
Também deve ser considerado um dos principais fatores que levam as pessoas à não praticar atividades físicas: a falta de tempo. Se levarmos em conta que treinos extensos são menos eficientes, parece contraditório que muitas pessoas insistam em treinos excessivamente longos, passando horas nas academias, tendo em vista que será mais difícil manter a assiduidade com um programa deste tipo e os resultados serão inferiores a programas melhores planejados.
É importante frisar que um dos maiores problemas na ciência do treinamento de força está em estabelecer a quantidade ideal de treino, sempre ouvimos perguntas como: “quantos exercícios devo fazer?” ou “quanto tempo devo passar na academia?”. Invariavelmente a resposta é: “depende”. Apesar de ser impossível estabelecer a série ideal para todas as pessoas em termos quantitativos e qualitativos pode-se ter certeza que o problema com o treino da maioria das pessoas é que elas simplesmente exageram na quantidade e pecam na qualidade.
Atualmente os treinadores mais conscientes e estudiosos manipulam as varáveis de modo que em poucos minutos é fornecido um estímulo eficiente para que a adaptação desejada ocorra. Artigos publicados por Kraemer em 2002, Pollock em 1998 e vários outros pesquisadores mostram que alunos iniciantes obtêm excelentes resultados com apenas uma série, direcionada para os principais grupamentos musculares, repetidas três vezes por semana. A musculação possui inúmeros métodos e diversas formas de controlar as variáveis, dentre todas elas, a última que deve ser usada é o aumento do número de séries e exercícios. Antes disso deve-se sempre tentar melhorar a qualidade do treino. Estes dados estão reforçados no livro específico sobre o tema “Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia”, do Mestre Paulo Gentil, o qual também apresenta uma nova proposta para elaboração de treinos mais eficientes e com menor exigência de tempo.
Um profissional qualificado saberá como e quando usar a estratégia correta para potencializar os resultados. Não podemos esquecer de alertar sobre o mito de que a musculação causa lesões, diversos estudos comprovam que esta atividade é extremamente segura, para homens e mulheres de todas as idades, inclusive para pessoas idosas e frágeis (Fiatarone, 1994). É muito comum a busca por informações em locais inadequados onde se encontra conteúdos cientificamente pobres, embasados em teorias medíocres ou mesmo no senso comum. Não será em algum website, revista ou livro de auto-ajuda que encontraremos a melhor informação, cada treino deve ser feito por um profissional especializado. Cada pessoa tem suas particularidades, que devem ser respeitadas para que haja eficiência no treinamento. Faça aqui uma busca sobre este ou outros assuntos

Hipertireoidismo

Sinônimos e Nomes populares:
Tireóide, excesso de funcionamento da tireóide, ter tireóide ("minha tia tem tireóide").
O que é?
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de hormônios da tireóide.
Como se desenvolve ?
Os sintomas ocorrem em decorrência do excesso de funcionamento da glândula tireóide ou da ingestão dos hormônios da tireóide.
Entre as diversas causas do aumento de funcionamento da tireóide, as mais importantes são:
bócio difuso tóxico (Doença de Basedow-Graves)
bócio multinodular tóxico e
bócio uninodular tóxico (Adenoma Tóxico)
O bócio difuso tóxico é uma doença auto-imune na qual o organismo produz anticorpos que estimulam a produção e a liberação de hormônios pela tireóide, podendo estar associado a outras doenças auto-imunes.
O bócio multinodular tóxico em geral é uma moléstia de evolução lenta na qual ocorre proliferação de diversos folículos da glândula, formando diversos nódulos, algumas vezes volumosos e visíveis.
Os adenomas são nódulos únicos, em geral com mais de 3 cm de diâmetro, que produzem em excesso os hormônios da tireóide.
O que se sente?
Os pacientes apresentam:
fome excessiva
aumento do ritmo intestinal
nervosismo, insônia, labilidade emocional
tremores
intolerância ao calor
palpitações
emagrecimento
olhar vivo e brilhante
pele quente e úmida
unhas quebradiças, cabelo seco, quebradiço e encaracolado.
Na mulher ocorrem alterações menstruais e infertilidade. Na grande maioria das pessoas esse quadro clínico está associado a um aumento visível da parte inferior do pescoço, formando o chamado bócio. Em pacientes com bócio difuso, podem ocorrer sinais oculares de reação inflamatória, caracterizada por retração das pálpebras, protusão dos globos oculares (olhos saltados) e paralisia da musculatura que controla os movimentos dos olhos. Esse conjunto de alterações oculares é denominada exoftalmia.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é estabelecido pela suspeita clínica em paciente portador dos sintomas acima descritos ou em pacientes nos quais se investiga a causa de uma arritmia cardíaca, ou dor abdominal associada a emagrecimento (principalmente do paciente idoso). O diagnóstico laboratorial é estabelecido pelas dosagens de TSH e T4 no sangue. Se os valores de T4 estiverem aumentados e os de TSH reduzidos, o paciente é portador de hipertireoidismo. Necessitamos então investigar sua causa, que pode ser auto-imune, uni ou multinodular. Este diagnóstico é estabelecido pela presença de anticorpos anti-receptor do TSH (TRAB), pela captação de iodo e cintilografia da tireóide e pela ultra-sonografia da tireóide.
Em pacientes com bócios volumosos e manifestações compressivas na região do pescoço, tais como dificuldade para engolir alimentos e falta de ar, pode ser necessária a realização de radiografia do tórax ou do mediastino e/ou do pescoço. Nos pacientes idosos ou intensamente doentes, devem ser realizados também exames gerais e eletrocardiograma.
Como se trata?
O tratamento pode dirige-se para o excesso hormonal e/ou para sua causa. Em pacientes com bócio difuso tóxico, pode ser analisada a captação de iodo e a seguir administrada uma dose calculada de Iodo radioativo (Iodo 131) que irá destruir o tecido tireoidiano com excesso de funcionamento. Esse efeito ocorrerá em algumas semanas. No período em que não for alcançada a normalização de funcionamento da tireóide, o paciente pode receber um medicamento que bloqueia a ação destes hormônios (beta-bloqueador: propanolol) com o que haverá uma melhora significativa dos sintomas. Se essa não ocorrer, ou na presença de hipertireoidismo grave, o paciente será inicialmente tratado com medicamentos antitireóideos (metimazol ou propanolol) até se obter o controle da doença.
Em pacientes com bócio multinodular, se o mesmo for volumoso ou apresentar sinais compressivos, o tratamento de escolha é a cirurgia da tireóide (tireoidectomia) que só deverá ser realizada após controle clínico do estado de hipertireoidismo. O controle do hipertireoidismo pode ser obtido com o metimazol (Tapazol) ou com o propiltiouracil, devendo ser utilizado durante várias semanas. Em bócios nodulares menos volumosos ou nos quais há contra-indicação cirúrgica, após a compensação do quadro com metimazol ou propiltiouracil, o paciente pode receber também Iodo radioativo.
Nos pacientes com bócio uninodular tóxico, o quadro de hipertireoidismo será compensado com metimazol/propiltiouracil e a seguir o paciente deve ser submetido a tireoidectomia subtotal. Em pacientes com nódulos pequenos ou contra-indicações cirúrgicas também pode ser empregado o Iodo Radioativo.
Após a resolução do quadro, quer utilizando Iodo Radioativo quer cirurgia, o paciente deverá ser monitorizado periodicamente no sentido de se detectar o eventual hipotireoidismo que pode ocorrer como complicação desses tratamentos.
Como se previne?
Não existem mecanismos de prevenção para as diversas doenças. Pode ser realizado, por outro lado, uma detecção mais precoce da doença especialmente se investigarmos adequadamente todos os pacientes com bócio, seja uni ou multinodular. Nesse sentido em muito colabora a palpação rotineira da tireóide sempre que o médico examina qualquer paciente.

RPG

RPG A Reeducação Postural Global é um dos mais modernos métodos de fisioterapia que trata de desarmonias do corpo. Indicado não somente para quem sente dores, mas para quem busca o equilíbrio.
O que é RPG?
A Reeducação Postural Global, ou RPG, é um método de fisioterapia que trata das desarmonias do corpo humano levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente, já que cada organismo reage de maneira diferente às agressões sofridas. É uma técnica revolucionária que considera os sistemas muscular, sensitivo e esquelético como um todo e procura tratar, de forma individualizada, os músculos que se diferenciam na estrutura. Criada na França, em 1980, pelo fisioterapeuta francês Philippe E. Souchard, a RPG é uma técnica realizada, exclusivamente, por fisioterapeutas.
A Técnica
Dores nas costas, nas articulações, noites mal dormidas, tensões musculares, etc. Quem nunca passou por pelo menos uma dessas desagradáveis experiências? A terapia RPG trata esses e muitos outros problemas com bons resultados, por meio da reeducação do corpo. Exemplo: quando sofremos uma contusão, a primeira reação é fazer com que o corpo tente proteger a lesão para não sentirmos dor. Por isso criamos automaticamente um mecanismo de "compensação" para evitar o problema inicial. É o que acontece quando torcemos o tornozelo.Para não termos dores, enrijecemos a musculatura e transferimos para a outra perna o apoio corporal e mancamos. Com isso, criamos uma série de compensações em todo o corpo.
O tratamento
Para se obter um resultado positivo com RPG são necessárias sessões semanais de uma hora, podendo haver exceções nos casos de maior gravidade. O tratamento é indicado para todas as faixas etárias.
Em quais Patologias a RPG é indicada?
- Ortopédico: pés planos e cavos, joelho valgo ou varo, joanetes, escoliose, dor cervical, dor dorsal, etc.- Neurológico: hérnia de disco e labirintite.
- Reumatológico: artrites, artrose, bursite, tendinite, etc.
- Respiratório: asma, bronquite, etc.- Somáticos: stress, disturbios circulatórios e digestivos, etc.

Osteoporose

A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento e é mais comum em mulheres que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.
A partir de 1991 devido o Consenso realizado por todas as Sociedades Americanas que tratam da osteoporose, elas passaram a informar que é fundamental a análise da qualidade óssea que expressa o estado de deterioração do colágeno ósseo. Quanto melhor for a qualidade óssea menor a chance de ter fratura.
A mudança na definição ocorreu porque as pesquisas verificaram que 100% das pacientes com Síndrome de Turner e que possuiam osteoporose, não fraturam. Ainda, os pesquisadores constataram que ao prescrever Fluoreto de Sódio para suas pacientes, os óssos ficavam mais densos e fraturavam com maior facilidade.
A partir dessas constatações os pesquisadores começaram a estudar mais profundamente o tecido ósseo e verificaram que o risco de desenvolver osteoporose e fratura está diretamente relacionado com as deteriorações do colágeno ósseo.
A partir de 2000, uma nova tecnologia com Inteligência Artificial dos Projetos da Robótica da Nasa permitiu determinar o local mais apropriado do organismo humano que permite estudar minuciosamente o tecido ósseo. Essa região é a das metáfises das falanges dos dedos II-V. Nela é possível avaliar oito parâmetros e não apenas um como quando o exame é realizado na coluna lombar, como vem sendo orientado há mais de 25 anos. Na atualidade, avaliar apenas a densidade óssea nós estamos fazendo uma análise do tecido ósseo muito restrita.
Pontos fracos do esqueleto
Coluna vertebral - Pessoas idosas podem fraturar as vértebras da coluna com freqüência. A chamada corcunda de viúva é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente.
É muito importante saber que a maioria das fraturas que ocorrem na coluna se situam na região torácica e não na região lombar como tem sido descrito pela maioria dos reumatologistas e ortopedistas. Vários pesquisadores americanos, entre eles Bonnick (1989) já tinham constatado esse fato. Após revisão dos trabalhos publicados nos últimos 15 anos, o Serviço Preventivo da Força Tarefa Americana a partir de 2002 passou a orientar a densitometria da coluna lombar apenas para as pacientes acima de 65 anos se não possuirem antecedente de fratura na família. Também informa que esse exame pode apresentar baixa reprodutibilidade (59,0%) em seus resultados quando são realizados anualmente. Por essa razão, recomendam que o exame não deve ser repetido na coluna lombar com intervalo menor do que 3 anos.
Punho - Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem normalmente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando cai.
Quadril - As fraturas de pelve são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que em torno de 50% dos que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos.
Fêmur - Também muito comum entre os que desenvolvem a doença. É freqüente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta.
Em alguns casos de erros cirúrgicos, a pessoa deve exigir que o profissional faça um atendimento necessário ao paciente.
Fisiculturismo
O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis de estrógeno do organismo. O estrógeno - hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade — ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.
As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis. Para cada quatro mulheres, somente um homem desenvolve esta patologia.
Embora pareçam estruturas inativas, os ossos se modificam ao longo da vida. O organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos. Esse processo depende de vários fatores como genética, boa nutrição, manutenção de bons níveis de hormônios e prática regular de exercícios. As células ósseas (osteócitos) são as responsáveis pela formação do colágeno, que dá sustentação ao osso. Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso.
A densidade mineral de cálcio é reduzida de 501% para 1% quando a osteoporose se instala. O canal medular central do osso torna-se mais largo. Com a progressão da osteoporose, os ossos podem ficar esburacados e quebradiços. O colágeno e os depósitos minerais são desfeitos muito rapidamente e a formação do osso torna-se mais lenta. Com menos colágeno, surgem espaços vazios que enfraquecem o osso.
Sintomas
A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.
Epidemiologia
Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 tem osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadril e punho.
Quem se encontra em maior risco de desenvolver a doença são:
Mulheres;
Fumantes;
Consumidores de álcool ou café em excesso;
Diabéticos;
Actividade física inadequada, quer em excesso, quer ausência.
Prevenção
Fazer exercícios físicos regularmente: os exercícios resistidos são os mais recomendados;
Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras.
A reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério consegue evitar a osteoporose.
Tratamento
Bisfosfonatos
São considerados o tratamento de primeira linha no tratamento da osteoporose pós-menopausa. São também usados no tratamento da osteoporose no sexo masculino e na osteoporose induzida por glucocorticóides. Tratamentos de administração diário, semanal, mensal ou anual que agem aumentando a massa óssea reduzindo o risco de fraturas.
Exemplos: Alendronato, Risedronato, Ibandronato, Ácido Zoledrônico
Reposição hormonal
A reposição hormonal é importante tanto durante a prevenção quanto durante o tratamento. O estrógeno reduz o risco de fraturas em mulheres com osteoporose.
Exemplo: Estradiol
Modulador seletivo dos receptores de estrogênio (SERM)
SERM são uma classe de medicamentos que agem seletivamente nos receptores de estrogênio corporais. Normalmente, a densidade mineral óssea é precisamente regulada por um equilíbrio entre a atividade de osteoblastos e osteoclastos nos ossos trabeculares. Estrogênios exercem uma função essencial na regulação do processo de formação/reabsorção óssea por conta da ativação de osteoblastos. Alguns SERMs, como o raloxifeno, agem no osso reduzindo a reabsorção óssea pelos osteoclastos.
Exemplo: Raloxifeno
Administração de cálcio
Para quem já tem a doença, o cálcio pode ser dado em dosagens de 1 mil a 1,5 mil miligramas por dia, com recomendação médica. Pode ser acompanhado por suplementos de vitamina D.
Calcitonina
A calcitonina é um hormônio que tem a função de evitar que o cálcio saia dos ossos. Evita-se assim o processo de corrosão.
Atividade Física
Atividade Física corretamente orientada (por um educador físico), também é usada como parte importante no tratamento e controle da osteoporose, podendo reduzir ou até, estabilizar a perda de massa óssea do indivíduo.
Não levar uma vida sedentária, tomar sol que ajuda na reposição de vitamina D.
Prognóstico
Os pacientes com osteoporose têm grandes riscos de terem fraturas adicionais. O tratamento para a osteoporose pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro.
As fraturas no quadril podem levar a uma dificuldade na movimentação e um risco aumentado de trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar. As fraturas das vértebras podem levar a dor crônica severa de origem neurogênica, que pode ser difícil de ser controlada, assim como uma deformidade. A taxa de mortalidade em um ano que segue a fratura de quadril é de aproximadamente 20%. Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras podem levar a uma cifose severa (corcunda) que a pressão resultante nos órgãos internos pode incapacitar a pessoa de respirar adequadamente.
Embora os pacientes com osteoporose tenham uma alta taxa de mortalidade devido às complicações da fratura, a maioria dos pacientes morre "com" a doença ao invés de morrer "da" doença.

Hipertensão Arterial

Cuide de sua pressão

A hipertensão é uma doença comum, que atinge cerca de 15 a 205 da população brasileira. Muitas pessoas nem sabem que tem pressão alta, pois, o organismo acostuma-se com os níveis elevados, que, contudo, vão comprometendo um silêncio órgãos como o coração, rins, cérebro e olhos. Mas, dá para evitar esse quadro e até prevenir o aparecimento da hipertensão.
O QUE É A HIPERTENSÃO ARTERIAL?
Trata-se da pressão exercida pelo coração sobre as artérias, que pode ser medida por dois valores; máximo (pressão sistólica), que diz respeito à pressão que o coração faz para bombear o sangue em direção aos outros órgãos e o mínimo (pressão distólica) que se refere à acomodação do sangue nos valos sanguíneos.
QUAIS SÃO OS ÍNDICES NORMAIS DA PRESSÃO?
Para adultos, a Organização Mundial da Saúde aceita como normal uma pressão máxima de até 140 e uma pressão mínima de até 90 mmHg (14 por 9). Entretanto, tem havido uma tendência à redução desses níveis por conta da dificuldade em demarcar os limites entre os valores normais e a alterações que indicam hipertensão.
O QUE É HIPERTENSÃO?
É uma doença de múltiplas causas, caracterizada pelo aumento mantido dos valores da pressão arterial. Valores de 14 por 9, mesmo que a pessoa esteja calma e em repouso, já podem ser considerados anormais.
O QUE ACONTECE NO ORGANISMO DE UM HIPERTENSO?
Suas artérias ficam apertadas e dificultam a passagem do sangue, razão pela qual o coração precisa exercer uma pressão maior para bombeá-lo.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
A maioria das pessoas que tem hipertensão não apresenta sintomas. Quando presente, porém, podem manifestar-se como dor de cabeça, sangramento nasal, tonturas e zumbidos no ouvido. Outros como palpitação, dor no peito, falta de ar, inchaço, alterações visuais, perda de memória e de equilíbrio, palidez, problemas urinários e dores nas pernas demonstram que os órgãos alvo da doença podem estar comprometidos. Nestes casos, convém procurar um médico imediatamente.
QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DOENÇA?
Em 90 a 905 dos casos não há uma causa conhecida para a hipertensão. Mas, eventualmente, problemas endócrinos e renais, gravidez, uso freqüente de alguns medicamentos (anticoncepcionais, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides e moderadores de apetite) de cocaína, bem como doenças neurológicas, podem ser causas de hipertensão arterial.
COMO A HIPERTENSÃO PODE SER DIAGNOSTICADA?
O diagnóstico é baseado na medida da pressão arterial com um aparelho próprio, usado em hospitais, ambulatórios e consultórios. Embora simples, a medida isolada da pressão sofre influência de vários fatores. Por conta disso, hoje a medicina utiliza outros recursos adicionais para diagnosticar a hipertensão.
QUE RECURSOS SÃO ESSES?
Um deles é o teste ergométrico, que mede a pressão do indivíduo durante o esforço físico e pode evidenciar se ele possui risco de desenvolver hipertensão. Outro é a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), que registra a pressão do paciente 24 horas, ao longo de suas atividades diárias e do sono, fornecendo dados relevantes para o médico. Mas nenhum desses recursos substitui a avaliação clínica do paciente e a medida da pressão arterial em consultório.
POR QUE É IMPORTANTE CONTROLAR A HIPERTENSÃO?
Porque a expectativa de vida de uma pessoa com hipertensão é 40% menor que a de um indivíduo sadio, ao longo dos anos. O fato é que, ao esforçar-se para bombear o sangue, o coração do hipertenso fica vulnerável à insuficiência cardíaca. Além disso, devido ao aumento da pressão, vai desgastando os vasos, que podem romper-se e causar o derrame cerebral. Esse desgaste ainda facilita o acúmulo de placas de gordura nas artérias, predispondo o indivíduo ao infarto. Outra conseqüência grave é o comprometimento do sistema de filtração dos rins.
QUAL É O TRATAMENTO?
Para alguns, uma dieta com pouco sal e sem gordura, além da mudança de3 hábitos de vida 9deixar de fumar, ingerir menos álcool, fazer exercícios e emagrecer) são suficientes par manter a pressão controlada. Outros, porém, necessitam de medicamentos. Mas só o médico pode estabelecer o tipo de hipertensão, avaliar o estado dos órgãos alvo da doença e prescrever o tratamento indicado.
COMO É POSSÍVEL PREVENIR A HIPERTENSÃO?
Levar uma vida saudável, manter o peso ideal, não ingerir bebidas alcoólicas, fazer exercícios, não fumar e adotar uma dieta balanceada, com consumo moderado de sal são atitudes preventivas. Também é recomendável que toda pessoa com mais de 40 anos faça medidas periódicas de pressão – sobretudo quem tem histórico de pressão alta na família – sempre sob orientação médica.
QUALQUER ELEVAÇÃO DE PRESSÃO JÁ É SINAL DE SIPERTENSÃO?
Não. A pressão varia nas 24 horas do dia e segue um ritmo próprio, influenciada pelo estado psicológico da pessoa, hábitos e atividades cotidianas. Portanto, pode subir momentaneamente, mas depois voltar ao normal. Para ser rotulado como hipertenso, o paciente deve apresentar níveis de pressão acima dos limites da normalidade, obtidos em medias consecutivas, em duas ou mais visitas ao médico.
Fonte: Centro de Medicina Diagnóstica Fleury

Diabetes mellitus

Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde.
Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para o Diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 240 milhões de pessoas sejam diabéticas em todo o mundo, o que significa que 6% da população tem diabetes.
Segundo uma projeção internacional, a população de doentes diabéticos a nível mundial vai aumentar até 2025 em mais de 50%, para 380 milhões de pessoas a sofrerem desta doença crônica.
Epidemiologia
O Diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil (aproximadamente 22 milhões de pessoas e 5% da população de Portugal (500 mil pessoas).De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2006 havia cerca de 171 milhões de pessoas doentes da Diabetes, e esse índice aumenta rapidamente. É estimado que em 2030 esse número dobre. A Diabetes Mellitus ocorre em todo o mundo, mas é mais comum (especialmente a tipo II) nos países mais desenvolvidos. O maior aumento atualmente é esperado na Ásia e na África, onde a maioria dos diabéticos será visto em 2030. O aumento do índice de Diabetes em países em desenvolvimento segue a tendência de urbanização e mudança de estilos de vida.
A diabetes está na lista das 5 doenças de maior índice de morte no mundo, e está chegando cada vez mais perto do topo da lista. Por pelo menos 20 anos, o número de diabéticos na América do Norte está aumentando consideravelmente. Em 2005 eram em torno de 20.8 milhões de pessoas com diabetes somente nos Estados Unidos. De acordo com a American Diabetes Association existem cerca de 6.2 milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca de 41 milhões de pessoas que poderiam ser consideradas pré-diabéticas. Os Centros de Controles de Doenças classificaram o aumento da doença como epidêmico, e a NDIC (National Diabetes Information Clearinghouse) fez uma estimativa de US$132 bilhões de dólares, somente para os Estados Unidos este ano.
Causas e Fisiopatologia
Existem dois mecanismos fundamentais:[1]
Falta de insulina. Nestes casos, o pâncreas não produz insulina ou a produz em quantidades muito baixas. Com a falta de insulina, a glicose não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. Para esta situação, os médicos chamaram esse tipo de Diabetes de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM tipo 1).A diabetes mellitus do tipo I é também caracterizada pela produção de anticorpos à insulina (doença auto-imune). É muito recorrente em pessoas jovens, e apresenta sintomatologia definida, onde os enfermos perdem peso.
Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células. Nestes casos, a produção de insulina pode estar ou não normal. Mas como os receptores (portas) não estão funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, a insulina não consegue promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. A esse fenômeno, os cientistas chamaram de "resistência à insulina". Para esse segundo tipo de Diabetes, o médicos deram o nome de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2).
Genética
Ambos os tipos 1 e 2 podem ser herdáveis, portanto a DM1 (Diabetes Mellitus tipo 1) é a mais característica em quesito de herança genética, atingindo de 5-10% de todos os casos de DM (o que é uma boa notícia tendo em vista a sua menor complexidade de tratamento) sendo a disfunção do pâncreas na produção de insulina a sua causa superior. É desencadeada muito cedo, atingindo a faixa etária dos jovens, justamente pelo fator genético (apesar de isto não ser uma regra, por exemplo, existem genes que demoram anos para serem expressos, outros que nunca o serão; o estilo de vida está lado a lado com a expressão gênica).
A DM2 (Diabetes Mellitus tipo 2), entretanto, é desencadeada normalmente por hábitos não saudáveis, sendo a chance de adquirí-la maior com o avanço da idade (tendo como causa principal a auto-imunidade das células à insulina, tornando o tratamento difícil), não sendo característica da herdabilidade. Acomete principalmente os obesos, hipertensos e dislipidêmicos (que compreendem de 90-95% de todos os casos de DM).
Fisiopatologia
O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina. Este hormônio é responsável pela regulação da glicemia (glicemia: nível de glicose no sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano possam realizar o processo de respiração aeróbica (utilizar glicose como fonte de energia), é necessário que a glicose esteja presente na célula. Portanto, as células possuem receptores de insulina (tirosina quinase) que, quando acionados "abrem" a membrana celular para a entrada da glicose presente na circulação sanguínea. Uma falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que esta última não é devidamente dirigida ao interior das células.
Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro hormônio antagónico à insulina, denominado glucagon. Ou seja, quando a glicemia cai, mais glucagon é secretado visando reestabelecer o nível de glicose na circulação.O glucagon é o hormônio predominante em situações de jejum ou de estresse, enquanto a insulina tem seus níveis aumentados em situações de alimentação recente.
Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e de gordura, mas não células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a insensibilidade de seus receptores desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus.
Grande parte do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas no monossacarídeo glicose, o principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns carboidratos não são convertidos. Alguns exemplos incluem a frutose que é utilizada como um combustível celular, mas não é convertida em glicose e não participa no mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose; adicionalmente, o carboidrato celulose não é convertido em glicose, já que os humanos e muitos animais não têm vias digestivas capazes de digerir a celulose.
A insulina é liberada no sangue pelas células beta (células-β) do pâncreas em resposta aos níveis crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina habilita a maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a utilizarem como combustível, para a conversão em outras moléculas necessárias, ou para armazenamento. A insulina é também o sinal de controle principal para a conversão da glicose (o açúcar básico usado como combustível) em glicogênio para armazenamento interno nas células do fígado e musculares. Níveis reduzidos de glicose resultam em níveis reduzidos de secreção de insulina a partir das células beta e na conversão reversa de glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem.
Níveis aumentados de insulina aumentam muitos processos anabólicos (de crescimento) como o crescimento e duplicação celular, síntese protéica e armazenamento de gordura.
Se a quantidade de insulina disponível é insuficiente, se as células respondem mal aos efeitos da insulina (insensibilidade ou resistência à insulina), ou se a própria insulina está defeituosa, a glicose não será administrada corretamente pelas células do corpo ou armazenada corretamente no fígado e músculos. O efeito dominó são níveis altos persistentes de glicose no sangue, síntese protéica pobre e outros distúrbios metabólicos, como a acidose.
[editar] Diagnóstico
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes:[1]
Nível plasmático de glicose em jejum maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após uma dose de 75g de glicose oral como em um teste de tolerância à glicose em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
O Diabetes Melito Gestacional possui critérios de diagnóstico diferentes.
Classificação
Diabetes mellitus
Tipos de Diabetes
Diabetes mellitus tipo 1Diabetes mellitus tipo 2Diabetes gestacional
Pré-diabetes:Glicemia de jejum alteradaTolerância à glicose prejudicada
Administração da doença
Administração da Diabetes:•Dieta diabéticaDrogas antidiabéticasInsulinoterapia convencionalInsulinoterapia intensiva
Exames de sangue
FrutosaminaTeste de tolerância à glicoseHemoglobina glicosilada
O termo diabetes, geralmente se refere à diabetes mellitus, mas existem muitas outras condições, mais raras, também denominadas como "diabetes". A mais comum delas é a diabetes insípida (insípida significa "sem gosto" em Latim) na qual a urina não é glicosada. Esta diabetes pode ser causada por danos aos rins ou à glândula pituitária.
Diabetes mellitus tipo 1
Ver artigo principal: Diabetes mellitus tipo 1
No caso da Diabetes mellitus tipo 1, esta aparece quando o Sistema imunitário do doente ataca as células beta do pâncreas. A causa desta confusão ainda não foi definida, apesar de parecer estar associada a casos de constipações e outras doenças. O tipo de alimentação, o estilo de vida, etc. não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes.
Normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes ou idiopáticos. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais freqüentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina. A quantidade de injeções diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida: a de ação lenta é ministrada ao acordar e ao dormir; a de ação rápida é indicada logo após grandes refeições. Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e o exercício.
Sobre a alimentação é preciso ter vários fatores em conta. Apesar de ser necessário algum rigor na alimentação, há de lembrar que este tipo de diabetes atinge essencialmente jovens, e esses jovens estão muitas vezes em crescimento e têm vidas ativas. Assim, o plano alimentar deve ser concebido com isso em vista, uma vez que muitas vezes se faz uma dieta demasiado limitada para a idade e atividade do doente. Para o dia a dia, é desaconselhável a ingestão de carboidratos de ação rápida (sumos, bolos, cremes) e incentivado os de ação lenta (pão, bolachas, arroz, massa…) de modo a evitar picos de glicemia.
Muitas vezes se ouve que o diabético não pode praticar exercício. Esta afirmação é completamente falsa, já que o exercício contribui para um melhor controle da diabetes, queimando excesso de açúcar, gorduras e melhorando a qualidade de vida. Por vezes, torna-se necessário dobrar um pouco as regras: para praticar exercícios que requerem muita energia é preciso consumir muita energia, ou seja, consumir carboidratos lentos e rápidos.
Diabetes mellitus tipo 2
Ver artigo principal: Diabetes mellitus tipo 2
Já não se deve usar o termo Diabetes Não Insulino-dependente, mas sim Diabetes Tardio, tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão.
Desenvolve-se freqüentemente em etapas adultas da vida e é muito freqüente a associação com a obesidade e idosos; anteriormente denominada diabetes do adulto, diabetes relacionada com a obesidade, diabetes não insulino-dependente. Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes. É muito freqüente a diabetes tipo 2 associada ao uso prolongado de corticóides, freqüentemente associada à hemocromatose não tratada.
Diabetes gestacional
Ver artigo principal: Diabetes gestacional
A diabetes gestacional também envolve uma combinação de secreção e responsividade de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.
A diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 5% de todas as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita. Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez. Os riscos fetais/neonatais associados à DMG incluem anomalias congênitas como malformações cardíacas, do sistema nervoso central e de músculos esqueléticos. A insulina fetal aumentada pode inibir a produção de surfactante fetal e pode causar problemas respiratórios. A hiperbilirrubinemia pode causar a destruição de hemácias. Em muitos casos, a morte perinatal pode ocorrer, mais comumente como um resultado da má profusão placentária devido a um prejuízo vascular.
Sinais e sintomas
A tríade clássica dos sintomas da diabetes:[1]
poliúria (pessoa urina com frequência),
polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos),
polifagia (apetite aumentado).
Pode ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser sutil ou completamente ausente — assim como pode se desenvolver muito mais lentamente — no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome aumentada ou normal) e fadiga. Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em pacientes cuja diabetes é mal controlada.
Patofisiologia de alguns sinais e sintomas
Quando a concentração de glicose no sangue está alta (acima do limiar renal), a reabsorção de glicose no túbulo proximal do rim é incompleta, e parte da glicose é excretada na urina (glicosúria). Isto aumenta a pressão osmótica da urina e consequentemente inibe a reabsorção de água pelo rim, resultando na produção aumentada de urina (poliúria) e na perda acentuada de líquido. O volume de sangue perdido será reposto osmoticamente da água armazenada nas células do corpo, causando desidratação e sede aumentada.
Quando os níveis altos de glicose permanecem por longos períodos, ocorre a absorção de glicose e isto causa mudanças no formato das lentes dos olhos, levando a dificuldades de visão. A visão borrada é a reclamação mais comum que leva ao diagnóstico de diabetes; o tipo 1 deve ser suspeito em casos de mudanças rápidas na visão, ao passo que o tipo 2 geralmente causa uma mudança mais gradual.
Pacientes (geralmente os com diabetes tipo 1) podem apresentar também cetoacidose diabética, um estado extremo de desregulação metabólica caracterizada pelo cheiro de acetona na respiração do paciente, respiração de Kussmaul (uma respiração rápida e profunda), poliúria, náusea, vômito e dor abdominal e qualquer um dos vários estados de consciência alterados (confusão, letargia, hostilidade, mania, etc). Na cetoacidose diabética severa, pode ocorrer o coma (inconsciência), progredindo para a morte. De qualquer forma, a cetoacidose diabética é uma emergência médica e requer atenção de um especialista. Um estado raro, porém igualmente severo, é o estado não-cetótico, que é mais comum na diabetes tipo 2, e é principalmente resultante da desidratação devido à perda de líquido corporal. Frequentemente o paciente têm ingerido quantidades imensas de bebidas contendo açúcar, levando a um ciclo vicioso em consideração à perda de líquido.
Complicações
As complicações da diabetes são muito menos comuns e severas nas pessoas que possuem os níveis glicêmicos (de açúcar no sangue) bem controlados, mantendo-os entre 70 e 100 mg/dl em jejum.
As complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue, sendo assim, existe a possibilidade de glicosilar as proteínas além de retenção de água na corrente sanguínea, e retirada da mesma do espaço intercelular.
Complicações agudas
Cetoacidose diabética
Coma hiperosmolar não-cetótico
Hiperglicemia
Coma diabético
Amputação


Tratamento
A diabetes mellitus é uma doença crônica, sem cura por tratamentos convencionais, e sua ênfase médica deve ser necessariamente em evitar/administrar problemas possivelmente relacionados à diabetes, a longo ou curto prazo.
O tratamento é baseado cinco conceitos:
Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência.
Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente.
Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios.
Medicamentos:
Hipoglicemiantes orais
Insulina
Monitoração dos níveis de glicose e hemoglobina glicada.
É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento de sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.
Isso pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso (tipo 2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2 somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que não esteja respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida de modo a controlar a pressão arterial[8] e o colesterol, se exercitando mais, fumando menos e consumindo alimentos apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando medicamentos para reduzir a pressão.
Cura do Diabetes Mellitus Tipo 2 por Cirurgia
Um estudo feito por médicos franceses publicado na ScienceDirect, confirmou o que médicos já haviam observado, a cirurgia de redução de estomago (Gastroplastia) usada no tratamento da obesidade mórbida ajuda a controlar o diabetes mellitus tipo 2, um estudo mais aprofundado feito por Francesco Rubino, levou à criação de uma cirurgia no intestino que tem alta eficiência no tratamento da diabetes tipo 2 para pessoas não obesas.
Prevenção
Como pouco se sabe sobre o mecanismo exato pelo qual a diabetes tipo 1 se desenvolve, não existem medidas preventivas disponíveis para esta forma de diabetes. Alguns estudos atribuíram um efeito de prevenção da amamentação em relação ao desenvolvimento da diabetes tipo 1. Os riscos da diabetes tipo 2 podem ser reduzidos com mudanças na dieta e com o aumento da atividade física.
Prevenção das complicações
De fato, quanto melhor o controle, menor será o risco de complicações. Desta maneira, a educação do paciente, entendimento e participação é vital. Os profissionais da saúde que tratam diabetes também tentam conscientizar o paciente a se livrar certos hábitos que sejam prejudiciais à diabetes. Estes incluem o tabagismo, colesterol elevado (controle ou redução da dieta, exercícios e medicações), obesidade (mesmo uma perda modesta de peso pode ser benéfica), pressão sanguínea alta (exercício e medicações, se necessário) e sedentarismo.
Um artigo da Associação Americana de Diabetes recomenda manter um peso saudável, e ter no mínimo 2½ horas de exercício por semana (uma simples caminhada basta), não ingerir muita gordura, e comer uma boa quantidade de fibras e grãos. Embora eles não recomendem o consumo de álcool, eles citam que o consumo moderado de álcool pode reduzir o risco.