sábado, 5 de dezembro de 2009

Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!

Este texto foi escrito pelo Marco Túlio, fisioterapeuta de BH, onde ele utilizou a idéia do texto de uma nutricionista e criou este texto.

Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!
“Caros senhores favoráveis ao Ato Médico,Se o grande problema é “prescrever”, por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos >membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).
Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular, >que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapéziofibras inferiores (graus 4 para os dois músculos). A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída.
O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção doalongamento? Ou será que é tudo contra-inidcado, devido à osteoporose?
Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres?Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado?Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais?Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder?
Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou a favor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos?Qual o melhor exercício? Existe tal exercício?No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções?
Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão do supra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária?O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US q(uantos MHz? Quantos W/cm2? Por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? Écontra-indicado exercício?).Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso?Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalho por invalidez e continuo aguardando a “prescrição médica da fisioterapia”, já que sem a “prescrição médica”, segundo o ato médico, não posso fazer nada se nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria!
Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdade todo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.

Marco Tulio Saldanha dos AnjosFisioterapeutaCREFITO-4 51246-F

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hidroterapia

O efeito curativo da hidroterapia é baseado em seus efeitos mecânicos e ou termais. Ela explora a reação do corpo à estímulos quentes e frios, à pressão exercida pela água e à sensação que ela dá. Os nervos carregam impulsos sentidos na pele, para o interior do corpo, onde estimulam o sistema imunológico, aumentam a circulação, melhoram a digestão e diminuem a sensação de dor.
A hidroterapia é indicada para tonificar o corpo, estimular a digestão, a circulação, o sistema imunológico e aliviar a dor. A água parece ter um poder especial para ajudar no combate do estresse e rejuvenescer o corpo. Ela age sobre a pele e os músculos, acalma os pulmões, coração, estômago e sistema endócrino estimulando os reflexos nervosos na espinha dorsal.
Hoje, as técnicas mais utilizadas pela hidroterapia são as duchas, massagens, saunas, banhos de imersão completos ou parciais e compressas. Vamos abordar estas técnicas com mais profundidade em outros artigos.

Osteopatia

A fisioterapia dispõe da osteopatia para tratar das dores que hoje limitam indivíduos nas suas atividades da vida diária, profissionais e pessoais, essas são doenças que promovem não só limitações mais principalmente dor, fator desencadeante para procurar clínicas ou consultórios de fisioterapia. OSTEOPATIA é um Tratamento surgido nos Estados Unidos, cujo criador foi Dr. Andrew Taylor- Still (1828 -1917). É o estudo dos efeitos internos originários da estrutura. Essa técnica tem como foco a globalidade por não tratar diretamente o sintoma e sim a causa. Reabilitar o indivíduo de forma global, educar e orientar o paciente, combater o processo inflamatório, modular e/ou combater a dor, restabelecer o funcionamento normal, examinar e tratar as áreas adjacentes e eliminação dos fatores responsáveis das disfunções presentes são os principais objetivos dessa técnica.

Terapia Manual

A fisioterapia manual consiste em utilizar as mãos para influenciar a capacidade de reparo do organismo. Assim, a manipulação afeta propriedades mecânicas dos tecidos como elasticidade, força e alongamento; trata as deficiências neuromusculares decorrentes de doenças e lesões musculoesqueléticas como perda de equilíbrio e movimento; trata a dor; permite a correção postural, além de causar reações psicológicas que apresentam uma resposta somática traduzida pelo relaxamento e sensação de bem estar.
Várias técnicas compreendem a terapia manual, dentre as quais pode-se destacar a manipulação articular, mobilização neuromeníngea, facilitação neuromuscular proprioceptiva – Kabat, reeducação postural global, massoterapia, massagem transversa profunda, técnica de energia muscular, conceitos Mulligan e Maitland. Após uma avaliação clínica criteriosa e baseado na compreensão dos mecanismos fisiológicos da terapia manual, o fisioterapeuta utiliza as técnicas mais eficazes para o quadro clínico.
A Terapia Manual esta dividida em:
Método Mulligan
Método Maitland
Método Kabat
Mobilização Neuromeníngea
Massagem Transversa Profunda

Fisioterapia Gerontológica

As pessoas com idade acima de 60 anos, possuem características especiais em seu corpo e seu organismo e por isso são chamadas de “idosas”. Pensando nessas características, os profissionais da área da saúde começaram a perceber que o tratamento dado aos idosos também deveria ser especial. A fisioterapia não ficou para trás. E então começaram a surgir fisioterapeutas especializados em gerontologia.
O principal objetivo do fisioterapeuta que cuida do idoso é tratar-lo como um todo promovendo independência do idoso para as tarefas básicas e funcionais de vida diária, no intuito de minimizar as conseqüências das alterações fisiológicas e patológicas do envelhecimento, garantindo a melhoria da mobilidade e favorecendo uma qualidade de vida satisfatória.
A fisioterapia gerontológica começa com uma avaliação global e continua com um plano de tratamento que pode envolver treino de equilíbrio e de marcha, ganho de força muscular, flexibilidade, propriocepção, além de treino funcional como subir e descer escadas e rampas, virar na cama, sentar e levantar, transferir de uma cadeira para outra, e muitas outras condutas de acordo com as necessidades de cada idoso.
Assim, a fisioterapia gerontológica atua nos níveis preventivo e reabilitador garantindo a funcionalidade, a melhora da qualidade de vida e os benefícios de uma atividade física.

Fisioterapia Geriátrica

A área de Geriatria e Gerontologia está sendo atualmente muito visada, pois devido ao aumento da expectativa de vida, os idosos formam o segmento que mais cresce no Brasil. A especialização em Fisioterapia Geriátrica tem como objetivo a promoção, manutenção e recuperação da saúde especifica do idoso, em todas as áreas de atuação do fisioterapeuta. Como conseqüência das principais alterações biológicas ocorridas pelo processo de envelhecimento – a diminuição da massa muscular e da densidade óssea, perda da força muscular, perda da agilidade, da coordenação motora, do equilíbrio, da mobilidade articular, dentre outros – os idosos ficam mais vulneráveis às quedas, principais causas de acidentes.
A fisioterapia preventiva tem como objetivo criar um programa de “prevenção às quedas”, melhorando a força muscular, equilíbrio, propriocepção, coordenação motora e deve estar aliada com orientações aos pacientes (principalmente àqueles que apresentam comorbidades e que faz uso polifarmacoterapia) e familiares sobre retirada ou fixação de tapetes, instalação de faixas antiderrapantes no piso e barras de suporte no banheiro e em corredores. Entre as alterações relacionadas à idade, estão a presença de fatores de risco e a ocorrência de doenças crônico-degenerativas, que determinam um certo grau de dependência, relacionado diretamente com a perda de autonomia e dificuldade de realizar as atividades básicas de vida diária, interferindo na sua qualidade de vida.

Fisioterapia Aplicada a Cardiologia

A reabilitação cardiovascular (RCV) pode ser definida como um ramo de atuação da cardiologia que, instituída por equipe de trabalho multiprofissional, permite a restauração, ao indivíduo, de uma satisfatória condição clínica, física, psicológica e laborativa. Na década de 1950, mostrava que havia uma tendência médica a orientar os cardiopatas para a inatividade física. Embora, possa ser importante na fase aguda, como prescrevia Hilton, em 1863, com o "descanso na dor". Mas ela não deve ser longa, pois o repouso prolongado pode descondicionar o paciente, determinando uma diminuição do volume plasmático com balanço negativo de nitrogênio e desmineralização óssea. Estes fatores adversos podem ocasionar complicações na fase aguda da doença cardiológica como trombose venosa, embolia pulmonar, constipação intestinal, retenção urinária, fraqueza e mal estar para mobilização. Nesta época os pacientes eram orientados ao afastamento prolongado de sua atividade de trabalho e à aposentadoria precoce, provocando sensação de invalidez com importante reflexo na vida familiar e social. Trabalhos de Sjostrand na Suécia, em 1930, parecem ter sido pioneiros na introdução da reabilitação de cardiopatas, muito embora haja referências do exercício como tratamento por Asclepíades no século 2 a C. Contudo, somente entre os anos de 1950 e 1970, é que ocorreram à implantação de um maior número de serviços. Na década de 60 a 70 é que foram expostos princípios básicos da reabilitação cardíaca, tanto para pacientes internados, como após a sua alta, que se constituem no verdadeiro alicerce e orientação para reabilitação cardíaca atual. Um estudo da época de Saltin e col mostrou que a imobilização no leito hospitalar, por três semanas, reduzia a capacidade funcional em 20% a 30%, sendo necessárias nove semanas de treinamento físico para o retorno à capacidade física anterior. Novas técnicas foram criadas para a prescrição de exercícios e surgiram numerosos programas de exercício supervisionados, a partir da verificação de que o paciente com insuficiência coronária poderia melhorar a capacidade aeróbia, a função cardiovascular e a qualidade de vida, quando submetidos à RCV.