segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Obesidade X Lesão cerebral

Raramente, uma lesão cerebral (sobretudo do hipotálamo) pode acarretar obesidade. Medicamentos: Vários medicamentos freqüentemente utilizados produzem aumento de peso. Eles incluem os corticosteróides (p.ex., prednisona), muitos antidepressivos e também a maioria dos outros medicamentos que são utilizados no tratamento de distúrbios psiquiátricos. Sintomas: O acúmulo do excesso de gordura abaixo do diafragma e na parede torácica pode exercer pressão sobre os pulmões, causando dificuldade respiratória e falta de ar, mesmo com um esforço mínimo. A dificuldade respiratória pode interferir gravemente no sono, provocando a parada momentânea da respiração (apnéia do sono), acarretando sonolência durante o dia e outras complicações. A obesidade pode causar vários problemas ortopédicos, incluindo a dor na região dorsal baixa e o agravamento da osteoartrite, particularmente nos quadris, joelhos e tornozelos. Os distúrbios cutâneos são particularmente comuns. Como os indivíduos obesos possuem uma superfície corpórea pequena em relação ao seu peso, eles não conseguem eliminar o calor do corpo de modo eficaz e suam mais do que os indivíduos magros. O inchaço dos pés e tornozelos, causado pela retenção de uma quantidade pequena a moderada de líquido (edema), também é comum. Complicações: Os indivíduos obesos apresentam um maior risco de adoecer ou de morrer por qualquer doença, lesão ou acidente, e esse risco aumenta proporcionalmente ao aumento da obesidade. O risco também é influenciado pela localização do excesso de gordura. A gordura tende a acumular-se no abdômen (obesidade abdominal) dos homens e nas coxas e nádegas (obesidade da parte inferior do corpo) das mulheres. A obesidade abdominal foi relacionada a um risco muito mais elevado de doença coronariana e com três des seus principais fatores de risco: a hipertensão arterial, o diabetes com início na vida adulta e a concentração alta de gorduras (lipídeos) no sangue.Desconhece-se a razão pela qual a obesidade abdominal aumenta esses riscos, mas a perda de peso reduz dramaticamente os riscos em indivíduos com obesidade abdominal. Na maioria dos indivíduos hipertensos, a perda de peso reduz a pressão arterial e permite que mais de 50% dos indivíduos que apresentam diabetes na vida adulta interrompam o uso da insulina ou outro tratamento medicamentoso. Certos tipos de câncer são mais comuns nos indivíduos obesos que naqueles que não o são. Eles incluem o câncer da mama, de útero e de ovário nas mulheres e o câncer de cólon, de reto e de próstata nos homens. Os distúrbios menstruais também são mais comuns e as colecistopatias (doenças da vesícula biliar) ocorrem três vezes mais freqüentemente nos obesos. Diagnóstico e Tratamento: Embora a obesidade seja evidente, a sua extensão é determinada pela mensuração da altura e peso. Freqüentemente, essas medidas são convertidas no índice de massa corpórea, o peso (em quilogramas) dividido pela altura (em metros quadrados). Um valor superior a 27 indica obesidade leve, enquanto que um valor de 30 ou mais indica a necessidade de tratamento. Paradoxalmente, as mulheres que apresentam obesidade da parte inferior do corpo, a qual tem um risco muito menor de acarretar um problema de saúde, procuram tratamento para a obesidade em uma proporção oito vezes maior que os homens. A obesidade não tratada tende a piorar, mas os efeitos a longo prazo do tratamento são desapontadores. Embora tenham sido realizados progressos consideráveis para ajudar os indivíduos a diminuir de peso, este geralmente é recuperado em 3 anos. As preocupações sobre o fato da recuperação do peso (denominada ciclagem do peso) provoca vários problemas de saúde são infundadas, de modo que essas preocupações não devem impedir que os indivíduos obesos tentem perder peso. Para perder peso, os indivíduos obesos devem consumir menos calorias do que as despendidas. Os métodos utilizados para atingir esse objetivo podem ser classificados em três grupos: autoajuda, no qual os indivíduos, sozinhos ou em grupos com interesses comuns, utilizam informações provenientes de livros ou de outras fontes; programas não clínicos fornecidos por conselheiros que não são profissionais da saúde licenciados; e programas clínicos fornecidos por profissionais licenciados da área da saúde. A maioria dos programas de controle de peso baseiam-se na mudança comportamental. Normalmente, as dietas são consideradas menos importantes que as alterações permanentes dos hábitos alimentares e do exercício físico. Os programas reconhecidos ensinam os indivídos como realizar alterações seguras, sensatas e graduais dos hábitos alimentares que aumentam o consumo de carboidratos complexos (frutas, vegetais, pães e massas) e diminuem o consumo de gorduras. Para os indivíduos com obesidade leve, recomenda-se apenas uma restrição modesta de calorias e gorduras dietéticas. Para aqueles que apresentam obesidade moderada e desejam perder peso mais rapidamente, foram desenvolvidos programas baseados em dietas com um baixo conteúdo calórico, isto é, de 800 calorias diárias ou menos. Essas dietas são seguras quando supervisionadas por um médico. No entanto, o entusiasmo por essas dietas diminuiu porque elas são caras e os indivíduos tendem a recuperar o peso ao deixarem de segui-las. De modo crescente, os médicos vêm prescrevendo medicamentos para reduzir o peso corpóreo. Geralmente, esse tipo de medicamento reduz o peso em aproximadamente 10% em seis meses e mantêm a perda de peso enquanto o seu uso for mantido. Quando o indivíduo interrompe o seu uso, o peso é imediatamente recuperado. As muitas complicações graves da obesidade grave (mais de 100% de sobrepeso) tornam o tratamento importante e a cirurgia vem se tornando o tratamento de escolha. A cirurgia, geralmente para reduzir o tamanho do estômago e, conseqüentemente, a quantidade de alimento que pode ser consumido de uma vez, pode acarretar grandes perdas de peso, as quais comumente chegam a atingir a medade do sobrepeso do indivíduo, geralmente de 36 a 68 quilos. Inicialmente, a perda de peso é rápida e, em seguida, diminui gradualmente durante dois anos, até atingir um nível que, com freqüência, é mantdo. Geralmente, a perda alivia as complicações e melhora o humor, a auto-estima, a imagem corpórea, o nível de atividade e a capacidade laborativa e de relacionamento interpessoal do indivíduo. A cirurgia deve ser reservada aos indivíduos com obesidade grave e somente é realizada dentro de determinados programas especializados nesse tipo de cirurgia e que tenham demonstrado segurança e eficácica suficientes. Nesses programas, a cirurgia é geralmente bem tolerada. Menos de 10% desses pacientes de alto risco apresentam complicações decorrentes da cirurgia e 1% ou menos morre.

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